quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Café Royal XXXVI

Balanço

Andam, por aí, as vindimas. Vão regressar as aulas. Não fosse o ditame do calendário e Setembro seria o início do novo ano. Altura de fecho e de recomeço e, também, de balanço. Olhando atrás, para os dias de estio, fica a enchente de turistas, a ilha esgotada. Os dislates autárquicos, dos candidatos embrenhados em promessas, construções, beijos em idosas e tanto outro tipo de disparates. As inenarráveis festas brancas (eu sei, eu fui a uma…). Consta que houve um eclipse e a ameaça, nunca tão assustadoramente real, de aniquilação total pelas mãos da loucura de Trump e Kim… Fica, também, a crise, parece que final, da SATA. Ao longo do Verão muito se falou da companhia, da administração, dos trabalhadores, dos sindicatos, do acionista. Em alegres patuscadas todos fomos especialistas em aviação, gestores, economistas, dirigentes e hospedeiros. Todos soubemos o que fazer com a companhia. Fechar, vender, despedir, remodelar, separar, correr tudo à bofetada… Foi como se dentro de cada um de nós houvesse, nem que por uns instantes de alegre cavaqueira, um José Gomes Ferreira da aviação. Como se Fernando Pinto tivesse baixado em cada um de nós entre dois copos de conversa… Do verão que passou fica, de facto, a necessidade imperiosa de se fazer um balanço sólido daquilo que a Região quer para o seu futuro, para o turismo e para a SATA. Mas isso fica para próximas crónicas…

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